Prefeito de Boca do Acre suspende bolsas de estudos

Um dos últimos decretos que ano de 2013, assinado pelo prefeito Iran Lima, foi a suspensão da bolsa de estudos. No documento, decreto Nº 277, o prefeito decidiu “suspender, temporariamente a concessão de bolsas de estudos no âmbito da administração pública municipal”. A bolsa de estudos é um programa do governo municipal, que nasceu na gestão da ex-prefeita Dorinha.

Com a suspensão, todos os bocacrenses que estão estudando o nível superior fora do município, em faculdades públicas ou privadas, estão temporariamente sem o benefício. O valor da bolsa é de um salário mínimo.

A justifica para a suspensão é que a Prefeitura vai analisar cada um dos casos. A bolsa de estudos foi motivo de cobranças por parte da vereadora petista Marineide Fernandes e, segundo a própria vereadora, depois de vários ofícios enviados à prefeitura pedindo esclarecimento sobre o programa, nunca foi dada qualquer resposta sobre as solicitações da parlamentar.

Estudantes tiveram bolsa cortada

Um dos estudantes prejudicados é Maciel James de Souza Oliveira, 21 anos, estudante do 5º período de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Acre. Maciel é filho de Boca do Acre e desde que começou a estudar estava recebendo o benefício da bolsa de estudos, atendendo a todos os critérios da lei que foi aprovada na Câmara Municipal de Boca do Acre e sancionada pela então prefeita Maria das Dores.

O corte

A partir do dia 1º e janeiro de 2013, Maciel não mais recebeu o benefício. Assim como outros casos que estão sendo investigados pela vereadora Marineide Fernandes, James é vítima de uma possível perseguição política, em razão de sua família não ter acompanhado o prefeito Iran Lima nas eleições de outubro de 2012.

O futuro jornalista conta que passou o ano inteiro de 2013 sem a ajuda da bolsa. O acadêmico relata que pagar aluguel, alimentação e outras despesas básicas ficou muito difícil depois que o valor financeiro foi retirado. Por conta disso, Maciel teve que se sacrificar e dividir o tempo escasso entre estagiar, trabalhar e estudar.

A bolsa facilitava os estudos

“Com a bolsa, ficava mais fácil pra eu estudar. Eu tinha mais tempo. Agora eu tenho que trabalhar de manhã, de tarde e ainda fazer alguns bicos fora à parte, como fotografia, cobrindo eventos para conseguir cobrir as minhas despesas, como aluguel, transporte, fora que agente ainda tem que se alimentar”, discorreu Maciel James.

Maciel diz que mesmo com todo o esforço, ainda tem que pedir ajuda aos pais e, em algumas ocasiões, essa ajuda não pode ser dada. “Eu cheguei a passar um final de semana comendo Miragina (biscoito) e água, porque não tinha condições. Agora que consegui um emprego em uma agência de publicidade e pude me equilibrar”, conta.

O estudante ainda tem de um ano e meio a dois anos para terminar o curso. Sobre a retorno da bolsa de estudos Maciel disse que seria muito bem vinda a ajuda, pois, segundo ele, mesmo trabalhando, ainda há despesas que precisam ser quitadas, oriundas do período que passou desempregado e sem o benefício da bolsa.

Perseguição política

Maciel considera que é vítima de perseguição política. “Uma pessoa que administra uma cidade, deveria ter uma certa responsabilidade com a sua população, com as pessoas que querem algo a mais para o seu futuro, que vão para fora tentar estudar, tentar fazer alguma coisa na vida, para tentar não só melhorar de vida, mas quando voltar, ajudar os pais, a família, as próprias pessoas que habitam a cidade. é muito complicado você está dependendo de pessoas que não administram com consciência, administram com perseguição, com raiva, com mágoas no coração e perseguindo as outras pessoas ao invés de estar acolhendo as pessoas e colocando a administração mais perto da população”, desabafou Maciel.

Investigação

A vereadora Marineide Fernandes já enviou para a Prefeitura de Boca do Acre vários ofícios solicitando os nomes dos beneficiários da bolsa de estudos. O objetivo da vereadora é apurar as denúncias de provável perseguição política a alguns estudantes que tiveram o benefício cortado sumariamente, sem qualquer explicação, passando por cima da lei que foi aprovada no parlamento.

Informações verídicas dão conta de que no ano de 2012, alguns estudantes foram muito ajudados. Além da bolsa de estudos, alguns universitários também ganharam cargos comissionados no quadro pessoal da Prefeitura de Boca do Acre, como assessores, sem, no entanto, estudar durante o ano todo na capital acreana. Com informações do Portal do Purus.

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