Corredores do Poder: Uma sórdida briga pelo poder




Meados de março de 2002, adentra na sede do PDT-AM, o pré-candidato ao governo Eduardo Braga, foi recebido com festas pelo presidente da legenda senador Jefferson Peres, a militância se espremia da sala do partido, situado na Rua Lima Barucy, centro.  

Braga sofrera duas derrotas seguidas em pleitos eletivos, mas as forças políticas se uniram em torno de seu nome ao cargo de governador do estado do Amazonas.

O até então candidato Eduardo Braga trouxe a tiracolo um dos seus fieis correligionários, Bosco Saraiva, que almejava ser eleito a deputado federal.

Bosco Saraiva leva consigo um cidadão desconhecido no meio político, José de Moura Teixeira Lopes Junior “Mourinha”. Que apresentado como um semideus nos bastidores do lobby político.

Militância desconfiada com a turma do PPS

Eduardo Braga era filiado ao PPS-AM, o senador Jefferson Peres convenceu a militância de que Eduardo Braga era a melhor opção e não colocava em risco a sua reeleição, sim o senador temia que sem o uso do pragmatismo, sua campanha iria ao saco de lixo.

Eduardo e Peres eleitos - militância sem espaço

Com o apoio incondicional do governador Amazonino Mendes, Eduardo Braga, Jefferson Peres conseguem se eleger com tranquilidade. Após as festas comemorativas, a militância vai ao senador Jefferson Peres, solicitar uma participação no de Braga.

O pragmatismo de Peres foi valia quando o seu estava na reta. “Fisiologismo é lá no PFL, aqui no partido não é a sede do SINE”. Lembro que o PFL – AM, era a legenda do governador Amazonino Mendes, que deu total apoio financeiro, logístico a campanha do senador ético.

Bosco Saraiva vira secretário

O fiel escudeiro de Eduardo Braga, boia nas urnas. Mas o governador transforma o aliado em secretário de infraestrutura, o cara responsável pelo programa de saneamento dos igarapés da grande Manaus(PROSAMIM). “Mourinha” usa de todas as artimanhas possíveis para agradar o governador e torna-se homem próximo do governador Eduardo.

Após desencontro político, Saraiva deixa o governo atirando para todos os lados. Mourinha não necessita de apoio do ex-chefe Bosco Saraiva tem vida própria na seara governista.  

Rebecca Garcia sendo preparada para concorrer a PMM

Um dos motivos da celeuma Bosco/Braga foi o nome escolhido por Braga, para concorrer à eleição municipal de 2004.  O consórcio governista escolhe uma mulher com muito adjetivos: bonita, vencedora nas urnas, mãe de família, boa esposa, enfim uma mulher quase perfeita.  

Mourinha pensa que dar as cartas no governo Braga e numa dessas manobras acaba caindo em desgraça na taba governista, sai de Manaus e fixa-se residência em São Paulo.  

A deputada federal Rebecca Garcia (PP), é vitima de uma rede de intrigas que se estala na sede do jornal Diário do Amazonas, (lembro que interesses pela verba de comunicação são imensos, na oportunidade Rebecca Garcia era sócia proprietária do jornal Estadão).

Em uma das suas incursões à Manaus, Mourinha apresenta ao ex-governador Amazonino Mendes um áudio da deputada Rebecca Garcia com o ex-vereador Ari Filho, o áudio é fruto de grampos telefônicos ilegais.

Amazonino Mendes não quer nem ouvir dessa embrulhada, o lobista Egberto Batista ouve atentamente Mourinha e seu ex-chefe Bosco Saraiva e resolvem publicar nas redes sociais o áudio comprometedor.

Hoje, Mourinha, Bosco Saraiva, Egberto Batista, Rebecca Garcia são aliados de primeira hora.
Os caprichos políticos nos levam há situações complexas e de difícil entendimento.


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